sexta-feira, 8 de maio de 2009

Reflexão crítica sobre os OER's

Após algumas pesquisas e leituras de forma a poder efectuar uma reflexão crítica sobre as OER’s, seleccionei os seguintes posts:

http://blogs.uct.ac.za/blog/oer-uct

http://ocwblog.org/category/open-educational-resources/

http://riinav.blogspot.com/2009/05/sirtel09-3rd-workshop-on-social.html

Em primeiro lugar, devo referir que esta selecção baseou-se nas leituras que fiz anteriormente, ou seja os artigos disponibilizados na plataforma para esta unidade curricular. Espero com o desenvolvimento desta reflexão conseguir abranger as ideias dominantes que retive a partir da análise dos documentos sobre este tema, nomeadamente, os principais benefícios dos OER’s, assim como as suas principais limitações.


O primeiro blog acima indicado fala-nos de uma ferramenta que é muito utilizada no contexto pedagógico, sobretudo a partir dos anos 90, e que me é muito familiar, isto é, o PowerPoint. Ao contrário dos tradicionais recursos educacionais, documentos estáticos guardados em armários e a acumular pó, as apresentações PowerPoint permitem inovar as práticas educacionais, pois podem ser animadas e, por conseguinte, facilitam a aprendizagem, podem ser disponibilizadas via suporte informático e reduzem grandemente o consumo de papel, sendo, portanto, “amigas” do Ambiente.
No entanto, nunca utilizei esta ferramenta como um OER, embora por vezes a tenha partilhado num âmbito mais restrito entre colegas e formandos. Na verdade, sentir-me ia muito feliz por poder partilhar os conteúdos que desenvolvi para cursos que ministrei, numa escala global. As directrizes que deram impulso à criação dos OER’s definem os recursos educacionais abertos como uma rede de ensino com materiais didácticos que sejam disponibilizados facilmente e gratuitamente, para que todos independentemente da sua localização ou do seu status económico, possam ter acesso a um ensino de elevada qualidade. Os OER’s são caracterizados por um espírito de colaboração e partilha de informação e conhecimento, e soma do conhecimento de cada um gera mais conhecimento.
Um professor/educador/formador que utilize os OER’s como ferramenta de ensino, está a contribuir para favorecer a aprendizagem do público a quem se destinam os conteúdos; mais ainda, deverá fazê-lo como prática corrente, aproveitando as inovações tecnológicas que estão em contínuo crescimento.

A esta visão da partilha de conhecimento e livre acesso aos OER’s, contrapõe-se o segundo blog acima indicado, pois aborda a problemática de uma limitação ainda difícil de contornar nos dias de hoje, isto é, a salvaguarda da propriedade intelectual, os direitos de autor versus utilização e reprodução pelo domínio público. As boas notícias é que os autores deste blog prevêem a publicação de um Código de Boas Práticas para a utilização correcta e de forma ética dos OER’s…ainda no final do ano.

Final, vou-vos falar sobre a escolha do terceiro blog acima indicado, pois fala-nos de um desafio dos OER’s que se traduz no desenvolvimento e implementação de métodos e técnicas que forneçam o retorno da informação social relativamente aos OER’s, de forma a detectar as necessidades individuais e, por conseguinte, individualizar o ensino. Na minha opinião, este será um dos principais desafios a ser colocado a instituições de ensino, e constituirá indubitavelmente uma das metas a atingir nos próximos tempos para os programas e projectos desenvolvidos no âmbito dos recursos educacionais abertos.

2 comentários:

  1. Filomena,
    Achei a referência à possibilidade de utilizar o Powerpoint, como um REA, muito pertinente, no sentido em que é possível criar um REA a partir de ferramentas que estão acessíveis a qualquer um que possua um computador.
    Relativamente ao desafio referido no 3º post que indicou, partilho da sua opinião: uma das metas a atingir consiste em utilizar os REAs como forma de individualizar o ensino, ou seja, o feedback da utilização de um REA pode ser aproveitado para detectar as necessidades do utilizador.

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  2. Para além de concordar plenamente consigo àcerca do potencial e eficácia do powerpoint e da necessidade e exigência de boas práticas em todas as fases do processo de criação ou edição de um REA, quer em relação aos interlocutores que se encontrem a montante, quer a juzante, não posso deixar de relevar uma frase sua: "sentir-me-ia muito feliz por poder partilhar os conteúdos que desenvolvi...".

    Esta felicidade de partilha, encontramo-la já, de alguma forma neste laboratório que é o curso que partilhamos, onde começamos também a sentir o efeito cumulativo das interrelações que todos, professores e colegas, temos vindo a desenvolver, em termos de conhecimento e de experiências que a todos nos enriquecem.

    José Fernandes

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